Saúde e bem-estar

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sexta-feira, 15 de março de 2019

VISITA A UM HOSPITAL DO ALÉM

Um dos desdobramentos de maior lucidez que tive, foi a um hospital no orbe superior.
Não me lembro a data e do mês e, muito menos do ano, mas, lembro perfeitamente de ter reportado o acontecido a amigos e familiares.
Era noite, estava cansado da labuta diária e me preparei para dormir. Quando adormeci, senti que acordei numa estrada de terra cercada de muito mato. Caminhei por esta estrada por alguns minutos, quando me deparei com alguns jovens com vestimentas brancas. O engraçado é que todos eles eram jovens conhecidos do meu convívio. Perguntei a eles onde ficava o hospital e responderam-me que ficava a poucos metros adiante... andei mais um pouco e já podia observar do lado esquerdo da estrada, numa topografia mais elevada um belíssimo edifício. O prédio era todo branco com a faixada de vidro, cercado de um belíssimo jardim. Quando cheguei na porta principal do estabelecimento, fui recebido por um jovem chamado Marcos.
- Em que posso ajudá-lo? perguntou Marcos.
- Eu quero encontrar-me com o diretor do hospital.
- Aguarde um momentinho... -  disse o jovem.
Alguns minutos depois, o rapaz voltava e me convidava a entrar no prédio. Durante o trajeto, podia me vislumbrar da beleza daquele lugar. Tudo ali era maravilhoso! As obras de arte, a decoração, as pessoas... tudo me remetia a um estágio de paz profundo. Quando chegamos no setor administrativo, pude perceber um jovem loiro, claro e de olhos esverdeados que veio ao meu encontro:
-Olá! Tudo bem?
- Seja bem-vindo, Joel!
- Como vai você?
- Estou ótimo, obrigado! E você?
- Estou ótimo também. - respondeu
- Eu me chamo Jesiel, sou o Diretor deste hospital.
- Estava mesmo à sua espera, tem alguém internado aqui, que precisa muito de sua ajuda. - disse o jovem diretor.
- Acompanhe-me, por favor! - disse ele.
De repente, saímos por um grande corredor, passamos por vários blocos cirúrgicos até chegarmos a uma grande sala onde avistamos várias pessoas sentadas de costas para o centro da mesma. As pessoas estavam parcialmente sujas de um material denso, tipo lama grudenta. Foi quando chegamos por detrás de um senhor, que eu conhecia muito e que havia desencarnado a poucos meses.
- Sr. Nelson, o Joel está aqui. - anunciou o jovem diretor.
Quando o Sr. Nelson se  levantou, eu percebi que ele estava com um semblante muito abatido e que, aparentemente, não estava bem. Percebi também que passados os minutos em que nos encontrávamos juntos ele melhorava a sua fisionomia. Daí ele me perguntou:
-Joel, você me perdoa?
-Perdoar de quê? Não sei do que o senhor está falando!
-Eu preciso que me perdoe! -  disse ele.
- Olha, Sr. Nelson, seja qual motivo for, porque até agora não vejo nenhum, o senhor está perdoado! - respondi.
Naquele momento, percebi que toda aquela sujeira e aquele semblante triste e abatido do Sr. Nelson, se transformava em total alegria. As vestes não estavam mais sujas e ele se apresentava mais jovial.
Me lembro que em seguida, me despedi  de todos por ali, dizendo que já era chegada a minha hora e eu tinha que partir. Saí por uma outra porta, ganhando as passarelas do belo jardim e a estrada. Passei pelos jovens que dialogavam por ali e acordei-me daquele sonho maravilhoso. "FIM."